segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Dragões, de deuses a encarnações do mal

    Bom, dragões são seres mitológicos, reptilianos, que cospem fogo e são conhecidos mundialmente. Os dragões mais populares são o europeu e o made in China, mas não existem apenas esses dois, dragões povoam a mitologia da maior parte das culturas do planeta.
    Acredita-se que esse mito surgiu por causa de fósseis de dinossauros encontrados pelo homem, que foram associados como ossos de dragões.

NA EUROPA: BESTAS TERRÍVEIS

    Por essas bandas os dragões eram conhecidos como seres malignos e caóticos, apaixonados por ouro e detentores de poderes mágicos.
    Os dragões costumavam ter a visão bastante aguçada e estima-se que essa seja a orígem do nome "dragon" em inglês, derivado de "drakon", do grego, que quer dizer "ver".
    As histórias de dragões na Idade Média eram extremamente populares, e se acreditava realmente em sua existência. Era comum se usar a imagem de um dragão em brasões de famílias e em estandartes de guerra.

Ryujin, deus das marés em ação
NO ORIENTE: DEUSES

    Na China os dragões são sábios e poderosos, e o criador descende deles. Na antiga cultura chinesa os dragões tinham importância climática, eram responsáveis pelas chuvas, e quando enfurecidos causavam terríveis tempestades.
    No Japão os dragões desempenhavam a mesma função, sendo Ryujin o mais popular, considerado o deus das marés.

NA AMÉRICA: SERPENTES ALADAS

    Os dragões não eram muito populares por aqui pelas Américas, em suas aparições em mitos eram registrados como criaturas draconídeas ou serpentes aladas.

    Dentre muitos outros tipos existem ainda dragões do Oriente Médio e da Mesopotâmia, onde eram considerados encarnações do mal, e viviam uma vida de crimes.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Hercólobus, O Planeta Vermelho

    Hercólobus é um planeta gigante, para quem acredita em sua existência, e é conhecido por vários outros nomes, como: Planeta X, Planeta Vermelho, Nibiru, Planeta Purificador, entre outros, sendo a denominação Hercólobus a mais popular.
    De acordo com a Gnosis, Hercólobus se alinha com a Terra a cada 25.968 anos, e é seis vezes maior do que Júpiter, acredita-se que sua aproximação influencia no clima e no magma terrestres e seu alinhamento com a Terra teria causado o desaparecimento de Atlântida. Diz-se que a aproximação desse planeta é o verdadeiro causador das mudanças climáticas que ocorrem atualmente, e seu próximo alinhamento com a Terra verticalizará os polos terrestres, isso causará catástrofes e a submersão da maior parte dos continentes, mas isso não seria o fim do mundo, o planeta passaria por grandes transformações e apenas os escolhidos seriam conduzidos a um lugar seguro, de onde assistiriam a essas transformações e quando fosse possível reabitariam o planeta.
    Hercólobus pertence ao sistema solar de Tylos ou Taigueta, cujo sol é Alcione, que é vizinho ao nosso sistema solar, e devido ao formato elíptico de sua órbita ele se aproxima periodicamente de nós.
    Já os pesquisadores afirmam a presença de um enorme planeta frio, envolto por uma atmosfera vermelha, que atua no sistema solar, mas gravita em torno de Barnard. Seu tamanho é incerto. Este seria Hercólobus, seu alinhamento com a Terra, na teoria dos pesquisadores, ocorre a cada 6000 anos. Sendo assim, cada passagem do planeta vermelho coincide com uma alteração do eixo da Terra e uma Grande Glaciação, além de grandes catástrofes.
    Mas para os astrônomos atuais Hercólobus não existe, pois sendo tão grande seria visível até mesmo ao mais simples telescópio, o que não foi registrado nem mesmo pelos mais equipados observatórios.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Cultura Celta - Deuses

    Os deuses celtas, diferente da maioria dos deuses que conhecemos, não são imortais, nem tem aquele ar de pureza que os deuses costumam ter. Estes estão mais para seres da floresta e corajosos guerreiros, mas ainda assim poderosos e reverenciados. Existem muitos deuses na cultura celta, aqui falaremos apenas dos principais.

BALOR

    É o deus da morte, um rei gigante. Balor tinha um olho maligno, e a quem ele olhasse com raiva morria, suas pálpebras eram tão pesadas que precisava de ajuda para levantá-las.

DAGDA

    É o protetor da tribo, e é considerado o deus base, aquele que originou todos os outros. Dagda usa uma clava e um caldeirão mágico.

DANA

    É a maior deusa celta, seu nome remete á conhecimento. É a senhora da luz e do fogo, e a responsável por garantir proteção e justiça.

Morrigan, a deusa da guerra
MORRIGAN



    É a deusa da guerra. Ás vezes é citada como uma deusa tripla, mas não se sabe ao certo. Morrigan possui incríveis habilidades em batalha, dizem que era capaz de cegar seus inimigos com uma névoa espessa, se transformar em um corvo, um lobo ou uma anciã, dominava os segredos das ervas, que usava tanto para curar quanto para matar. Morrigan quer dizer "Grande Rainha", e a única coisa capaz de derrotá-la foi o amor.

ABNOBA

    É a deusa da floresta e do rio, é cultuada na Floresta Negra. Abnoba é uma deusa gaulesa.

AIRMID

    É a deusa da cura e da medicina, guardiã da juventude eterna, com seus poderes Airmid pode curar animais e humanos.

ANDRASTA

    É a deusa da vitória, das batalhas e dos céus. Andrasta está associada á lebre e seu nome quer dizer "Invencível".

ANGUS MAC ÓG

    É o deus da juventude, da beleza e do amor. É responsável pela inspiração poética, seu nome significa "O filho mais novo".

ARDUINA

    É associada á Ártemis grega, é a deusa de Ardennes

BELENUS

    É o deus do Sol e do fogo. Pode ser associado ao sucesso, á ciência e á agricultura.

BRIGIT

    É a deusa do fogo, da cura, da fertilidade e dos metais. Brigit é mais reverenciada pelos bardos, é associada á água doce de poços e fontes.

BILÉ

    É o deus do mundo dos mortos, aquele que acompanha os mortos ao outro mundo.

GOVANNON

    É o deus da ourivesaria, seu nome significa "Ferreiro". Govannon também é o deus das bebidas fermentadas.

Lugh, o deus do Sol
LUGH

    É o deus do Sol, o guerreiro mais completo. Lugh é habilidoso também em diversas outras áreas.

NUADA

    É o deus da vida e do renascimento, em sua primeira batalha perdeu um braço, que foi substituído por um membro de prata, tornanado-o conhecido como Nuada do braço de prata.

OGHMA

    É o deus da vidência e da eloquência, além de guerreiro. Oghma usa um arco e um bastão como armas.

RHIANNON

É a protetora dos cavalos e das aves, é aquela que rege os encantamentos, a fertilidade e o mundo dos mortos. É a rainha dos gauleses e costuma aparecer montada em um cavalo branco e veloz.

BOANN

    É a deusa do Rio Boyne, é associada ás artes e á fertilidade.

BRON

    Era o protetor dos bardos, Bron era um gigante e possuia uma caldeirinha mágica que ressuscitava os mortos.

ÉPONA

    É a deusa protetora dos equinos, representa a fertilidade, além de proteger os equinos também conduzia as almas dos mortos.

LUCHTAINÉ

    É o carpinteiro dos deuses, está associado á arte.

LLYR

    É o guardião da entrada de Avalon, é o filho do deus do mar.


Essa foi a ultima postagem do tópico "Cultura Celta", se quiser mais sobre a cultura celta ou sugerir tópicos envie um e-mail para dahoraomundoblog@hotmail.com ou fale conosco no twitter @DahoraoMundo. Ou comente aqui.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Cultura Celta - Lendas

As lendas celtas não eram passadas através de escritos, e sim através da tradição oral assim como outros aspectos dessa cultura. Falaremos aqui das principais lendas celtas.

A LENDA DO REI ARTUR

    A lenda do rei Artur é uma das mais populares, e talvez poucos saibam que faz parte da cultura celta (quem não sabia sabe agora!). Existem duas versões principais dessa história. A primeira e mais conhecida é a de que Uther Pendragon cravara sua espada mágica, a Excalibur, em uma rocha, sendo que apenas aquele destinado a ser rei conseguiria retirá-la de lá, e o jovem Artur como que por coincidência consegue tirar a espada da pedra tornando-se rei.
    E ha ainda a versão da escritora Marion Zimmer Bradlay, onde Igraine gera com Uther o menino Artur. Tendo feito isso quando era casada com outro homem Igraine entrega seu filho para ser criado como bastardo de Uther. Após a morte de seu pai Artur é levado para Avalon, a ilha das maçãs, onde sua meia-irmã Morgana (Filha de Igraine com seu marido) era sacerdotisa. Em Avalon é realizada sua coroação de acordo com o ritual do Gamo-Rei durante o festival de Beltane, e é lá que Artur ganha a Excalibur juntamente uma um bainha confeccionada pelas sacerdotisas, que continha feitiços de proteção contra ferimentos e desmaios.
    Ao se tornar rei Artur se casa com Guinivere, e como dote recebe a grande távola redonda que dá nome á sua tão famosa ordem de cavaleiros.
    Antes de conhecer seu prometido, Guinivere conheceu Lancelote, por quem se apaixona. Por Lancelote ser um cavaleiro de Artur e estar sempre por perto o adultério de ambos acabou sendo inevitável, e mais tarde Guinivere acaba sendo  exilada em um convento por isso .
    Enquanto ainda vivia com Artur, Guinivere o fez trocar o estandarte do dragão pelo da cruz, e provocou uma progressiva cristianização da região, o que causou a ira de Morgana, que atiroua bainha protetora de Artur no lago de Avalon, e passou o resto de sua vida na ilha das maçãs que se perdeu nas brumas.
    Os Cavaleiros da Távola Redonda iniciaram uma busca pelo graal na qual alguns morreram, outros desertaram ou mesmo ficaram loucos. No fim a Excalibur é jogada no lago de Avalon, Guinivere permanece em seu exílio, Artur morre e os Cavaleiros da Távola Redonda se separam e cada um toma um rumo diferente.

FERGUS E O HIPOPOTAMO

    Traduzido por Lucas Rafael


    O governador Fergus adorava explorar os lagos e os rios da Irlanda. Um dia enquanto passeava pelo lago Rury, deu com o Muirdris, um hipopótamo do qual escapou a duras penas. Por casa do terror o rosto de Fergus ficou distorcido, e tendo em conta que os governadores não podiam ter nenhum defeito, os nobres esconderam todos os espelhos do palácio e o mantiveram ignorante sobre sua aparência.
Um dia, Fergus golpeou uma escrava e ela indignada gritou-lhe: "Seria melhor que se vingasse do hipopótamo que te deixou com o rosto distorcido do que cometer atos atrozes contra uma simples mulher que não te fez nada!"
    Fergus mandou trazer um espelho, se olhou e decidiu que como ele era o governador não podia permitir que tivesse essa aparência sem nenhum tipo de vingança. Calçou os sapatos mágicos, tomou sua espada e foi ao lago Rury.
    Esteve escondido debaixo das ondas durante um dia e uma noite, mas os ultonianos (assim se chamavam os habitantes das terras que Fergus governava) se preocuparam muito ao ver o lago borbulhar e se avermelhar com o sangue, já que pensaram que pertencia ao seu tão querido governador, mas estavam errados. Depois de um instante Fergus surgiu da águas com a cabeça de Muirdris em suas mãos. Havia desaparecido o defeito! Em seu rosto cada traço simétrico estava em seu lugar e todos os que o viram com o semblante marcado viam agora a compostura serena de um rei.
    Sorriu; levou a orelha do troféu à sua boca e disse: Sobrevivi!... e se afogou, pois estava muito ferido. Assim foi a morte de Fergus. Mas em todos os ultonianos ficou a imagem de um governador valoroso que soube comportar-se e morrer como um bom rei.

O DESTINO DOS FILHOS DE LIR

    Traduzido por Lucas Rafael

    
    O rei da Irlanda, Boadbh Dearg e Lir de Sidhe Fionna eram inimigos, mas quando a mulher de Lir morreu, o rei pensou que seria um bom momento para reconciliar-se. Boadbh Dearg ofereceu-lhe suas três filhas adotivas, Niamh, Aoife e Albha para que escolhesse. Lir se casou com a mais velha, Niamh, e voltou a seu reino, onde Niamh teve duas filhas gêmeas e logo outros dois filhos gêmeos que se chamariam Finola, Aedh, Conn e Fiachra, em um curto mas feliz matrimônio. Niamh morreu no parto dos dois últimos, e então Lir voltou por causa de Aoife, a outra filha do rei para casar-se com ela.
    Aoife não teve filhos próprios, mas foi a verdadeira mãe dos de sua irmã. Aoife começou a se sentir desprezada porque Lir só prestava atenção às crianças e adoeceu gravemente. Durante sua enfermidade, Aoife planejou livrar-se de seus sobrinhos. Disse que a primeira coisa a fazer quando se recuperasse, era visitar seu padrasto Boadbh Dearg e levar-lhe as crianças por uma temporada. Recuperou-se, e partiu a Emhain Mocha com os filhos de Lir. Quando as crianças estavam descansando da viagem banhado-se num lago, Aoife os transformou em cisnes. Fez-lhes, ainda, uma maldição, que lhes faria permanecer nesse lago 300 anos, outros 300 no mar entre Irlanda e Escócia, 300 mais na costa oeste, e que então teriam de esperar até que chegasse a nova fé à Irlanda, e até que o príncipe Lairgnean e a princesa Deichthe houvessem se casado para voltar a sua forma humana
    Depois disto, Aoife se sentiu culpada, e lhes concedeu a habilidade de falar com umas vozes melodiosas, cujo canto faria os homens não querer fazer nada mais além de escutar-lhes. Quando Aoife chegou a Emhain Mocha tratou de justificar a ausência de seus sobrinhos, mas Lir descobriu a verdade e a transformou num corvo.
    Lir foi viver nas margens do lago onde viviam seus filhos, e escutava-os cantar sua desgraça. Passaram 300 anos, e os cisnes se foram, mas desta vez viveram sozinhos no frio mar de Moyle. Todos os que conheceram como humanos estavam mortos, a fortaleza de Sidhe Fionna destruída. Os anos passaram e os feitos prometidos se aproximavam, e os cisnes foram viver com Caemhoch, que havia sido discípulo de São Patrício. A rainha Deichthe ouviu falar dos cisnes, e se apaixonou por eles. Pediu a seu marido Lairgnean que os trouxesse, e ele foi pedir-lhes a Caemhoch.
    Nesse momento, os cisnes começaram a retomar sua forma humana, mas já não eram crianças, eram anciões de 1500 anos e a ponto de morrer. Lairgnean assustou-se ao ver-lhes e Finola pediu a Caemoch que fossem batizados, e depois que os enterrassem todos juntos, de pé, na mesma tumba.
E assim, finalmente, se cumpriram seus desejos.

O LAGO EMPRESTADO

    Traduzido por Lucas Rafael

Um jovem chefe cortejava a filha de outro chefe, cujo forte se achava situado no limite de Loch Ennel em Westmeath. A dama era bastante altaneira e melindrosa, e lhe disse claramente que não aceitaria assumir a condição de dona de casa se não pudesse ver da sua janela um lago tão belo como o que se divisava frente à casa de seu pai. Este era um assunto delicado, o vale era adequado, mas as ladeiras das colinas estavam cobertas de casinhas e o riacho que serpenteava lá no fundo demoraria muitíssimos anos para encher o vale, e uma vez terminada a represa, cuja construção necessitaria de uma dúzia de anos, o galã seria já velho.

Sua mãe adotiva, uma feiticeira (isto ocorria nos tempos dos Danaans), ao vê-lo arrancar os cabelos em um par de ocasiões, induziu-o a refazer-se e lhe ordenou que respeitasse até o dia seguinte seus soltos cachos. Logo, a feiticeira dirigiu-se com o meio corrente de transporte das feiticeiras, à cabana de uma irmã Firbolg na arte da magia, situada sobre a margem ocidental do Shannon. Esta cabana estava comodamente localizada sobre o corte de uma colina, dando sobre um agradável lago, e a mulher Danaan foi hospitaleiramente agasalhada pela mulher Firbolg.
Depois de seu singelo refrigério, a visitante revelou o motivo de sua viagem e suplicou a sua sabia amiga que lhe emprestasse seu lago até o dia da lua seguinte, acrescentando num resmungo enganoso "depois da semana da eternidade". Um lago era algo difícil de conseguir, mas finalmente obteve-o e o levou triunfalmente debaixo da capa ao vale de Leinster. As pessoas que viviam nas ladeiras das colinas despertaram naquela noite de seus sonhos ouvindo um estrondo, digamos assim como o de dez mil cascatas. Todos fugiram até as terras altas e foram hospitaleiramente resguardados pelos edifícios do forte, e ao alvorecer da manhã seguinte, milhares de assombrados olhos contemplaram o plácido lençol de água que cobria suas moradas do dia anterior.
Assim foi conquistada a altaneira noiva. A desgarrada mulher de Connacht esperou até o dia da segunda lua, irritadíssima ante o lamacento leito que exibia o fundo de seu lago debaixo da influência de um sol ardente e sem aparentes perspectivas de que lhe devolveriam com gratidão as águas. Até uma mulher sábia pode perder a paciência. Esta voou à casa de sua enganadora colega em bruxarias, cavalgando sobre sua vassoura e foi recebida com fingida alegria.
-Não há tempo para cumprimentos, comadre - lhe disse -Chegou o dia da lua seguinte e até o da lua subseqüente, e em vez do meu agradável lago, só vejo rochas, barro e peixe podre. Devolva-me meu lago, te digo.
- Ah, querida irmã! A ira te tirou a memória. Prometi-te devolver-te teu formoso pedaço de água no dia da lua seguinte à semana da eternidade, não antes; reclama-o quando vencer o prazo.
A ira da bruxa traída não teve limites, mas não tinha argumento algum, devido à traiçoeira reserva da astuta Danaan. O resultado foi trágico para a maior parte dos interessados; mas a incorporação de Loch Owel às agradáveis planícies de Meath é tudo o que nos interessa por agora.



domingo, 16 de dezembro de 2012

Cultura Celta - Festivais

    Os festivais celtas são comemorados de acordo com a passagem das estações. Existem oito dessas festividades que formam a roda do ano celta, estas festividades seriam: Imbolc, Ostara, Beltane, Litha, Lughnasdh, Mabom, Samhain e Yule. Como temos apenas quatro estações, são feitas duas festas a cada estação. Dentre essas oito festividades as quatro principais são: Imbolc, Beltane, Lughnasdh e Samhain; das quais falaremos agora.

FESTIVAL DE IMBOLC

    O Imbolc ocorre no dia 1 de Fevereiro e comemora o surgimento dos primeiros sinais da primavera. Imbolc possui dois significados, o primeiro deles é "no leite" que se refere á época de lactação das ovelhas, que coincide com o fortalecimento do sol; o segundo é "apressar-se" que se refere às celebrações para que o sol vingue rapidamente sobre a escuridão do inverno.
    Esse festival homenageia a deusa Brigit, responsável pelo fogo sagrado dos lares, pela inspiração dos poetas e pelos Reis; Brigit era cultuada como a Senhora da Forja e Senhora das Fontes Curativas. Sendo uma deusa tripla, seus três aspectos correspondem á Donzela (cura), Mãe (fertilidade) e Anciã (conhecimento).
    O festival começa na noite do dia 31 de Janeiro, os fogos sagrados são acendidos apenas ao amanhecer do dia 1 de Fevereiro. É a época de começar os trabalhos de plantio.

OSTARA (equinócio de primavera)

FESTIVAL DE BELTANE

    Beltane comemora a chegada da primavera, a fertilidade e a fartura. Simboliza a união entre as energias masculina e feminina. Cada tribo comemorava a data ao seu modo e com variações de nomes, mas sempre como uma festa alegre e sensual. Eram acendidas fogueiras no topo de montes e em lugares considerados sagrados.
    A palavra Beltane tem origem no gaélico irlandês antigo Beltain que significa "fogo sagrado", e no gaélico escocês Bealltainn que dá nome ao mês de Maio.
    Os festivais tinham o objetivo de tentar trazer fertilidade á terra e aos animais. Beltane ocorria na primeiro noite de lua cheia após o desabrochar das flores, o que pode variar entre 1 e 15 de Maio.
    Havia alguns costumes nas noites de Beltane, como apagar todos os fogos da comunidade e reacende-los com o fogo da fogueira principal, passar o gado entre duas fogueiras para purificá-lo, queimar totens também para purificar o gado e saltar sobre as fogueiras para adquirir sua energia.

LITHA (solstício de verão)

FESTIVAL DE LUGHNASADH

    O Lughnasadh ocorre em 1 de Agosto, e é um ritual de agradecimento pela primeira colheita realizada após o inverno. Esse festival é dedicado ao Deus Lugh, Deus dos Ferreiros.
    Lughnasadh significa "jogos de Lugh" e durante as festividades, várias tribos celtas se encontravam e promoviam feiras e competições esportivas. O primeiro gole do vinho e o primeiro pedaço do pão eram jogados no fogo junto com papeis onde estavam escritos agradecimentos aos deuses. Amuletos e talismãs  antigos eram jogados ao fogo como símbolo de renovação. Eram realizados também casamentos que duravam um ano e um dia, que poderiam ser renovados no ano seguinte.

MABOM (equinócio de outono)

FESTIVAL DE SAMHAIN

    O Samhain e comemorado no dia 1 de novembro e simboliza a chegada do inverno, quando o gado era guardado em lugares seguros e os animais a serem consumidos eram abatidos. A palavra Samhain sgnifica "final do verão", é a ocasião em que os nascidos no ano anterior eram recebidos formalmente na comunidade, e é a virada do ano celta, o que a torna a mais importante das festividades, pois é o começo de um novo ciclo.
    Assim como o festival de Imbolc este atravessa a noite até o dia seguinte, e começa ao anoitecer do dia 31 de Outubro e segue até a noite de 1 de Novembro.
    Quando anoitecia as pessoas preparavam o melhor da ultima colheita e abatiam o melhor gado para a festa. Os trajes tradicionais eram peles, folhas e ramos, também era utilizada tinta.
    Costumava-se jogar objetos simbólicos nas fogueiras com intenção de realizar desejos e jogar também os ossos do gado abatido e deixar comida como oferenda aos deuses em bosques e lugares ao ar livre. As pessoas deixavam suas casas abertas para receber os espíritos de seus ancestrais. No fim das festividades iluminavam seus lares com as chamas da grande fogueira do Samhain, deixando toda a aldeia protegida durante a noite.


Obs.: As datas estão de acordo com as estações no hemisfério Norte.